O Instituto Lachâtre é uma associação que tem por finalidade difundir o espiritismo, como foi definido por Allan Kardec, de maneira ampla por todos os meios que estiverem ao seu alcance.

Como reflexo do pensamento de seus associados, o Instituto Lachâtre compreende a doutrina espírita em seu tríplice aspecto – filosófico, científico e moral – e considera que todo o conhecimento humano está sempre em constante transformação e que a maior riqueza de que dispõe o espiritismo é a constante evolução de sua doutrina a partir da multiplicidade de contribuições de todos os seus participantes, sejam encarnados ou desencarnados. Por este motivo, o Instituto Lachâtre buscará refletir, sempre que possível, a diversidade do pensamento espírita em suas ações.


Ao definir a personalidade de Maurice Lachâtre, adepto do espiritismo, revolucionário, escritor e editor do século 19, como patrono do Instituto, busca-se, entre outras coisas, defender valores vivenciados pelo referido personagem, pensador que une a atividade intelectual de editor e escritor à ação revolucionária de transformação do mundo em que vive, que não teme rever conceitos, se os considera ultrapassados, para adotar novos princípios e que não busca projetar seu próprio nome para reconhecimento público, mas dedica-se a difundir as ideias e ideais que acredita possam melhorar a sociedade em que vive, independente dos nomes que as assinam.


O Instituto Lachâtre não terá finalidade lucrativa e irá se manter pela contribuição de seus associados, que irá buscar entre os que comungam de seu ideal,  da venda produtos e edições de livros e periódicos que venha a realizar.

Maurice Lachâtre

Liberdade de expressão do pensamento

Filho do coronel Pierre Denis, barão de La Châtre, Maurice de La Châtre nasceu na comuna de Indre, mudou-se ainda novo para a capital francesa, então em grande efervescência cultural.
Em Paris torna-se um defensor intransigente da liberdade de expressão, do pensamento de vanguarda e em constante confronto com a Igreja e o regime de Napoleão III. Assim, é preso em 1857 por haver publicado a obra de Eugène Sue, Mystères du peuple (Mistérios do Povo), tendo ainda que pagar uma multa de 6 mil francos.